Curitiba terá 529 ônibus com vida útil vencida até o final de 2017 ♿
UM TERÇO DA FROTA
Curitiba terá 529 ônibus com vida útil vencida até o final
de 2017
Promessa de compra de novos ônibus foi feita pelo prefeito
Rafael Greca (PMN)
Por João Frey 18/07/2017 15:44
Quando a prefeitura de Curitiba anunciou o aumento da tarifa
do transporte coletivo, no começo de fevereiro, a principal justificativa do
Executivo era que a passagem a R$ 4,25 viabilizaria a compra de novos ônibus e,
portanto, amenizaria o problema do envelhecimento da frota. Quando o reajuste
foi feito, 410 ônibus que integram a frota total das empresas que operam o
transporte coletivo estavam vencidos; hoje já são 424.
Se a prefeitura chegar ao fim do ano sem ter conseguido
fazer com que as concessionárias comprem novos veículos, 529 ônibus estarão
operando com idade acima do limite de dez anos estabelecido em contrato; isso
equivale a um terço da frota total (1.656 veículos). Há, ainda, outro indicador
que reforça o problema do envelhecimento dos ônibus que circulam pela capital:
a idade média da frota, que pelo contrato deveria ser de cinco anos, já é de
8,4 anos.
Excluindo do cálculo os ônibus que, segundo a relação da
Urbs, integram a frota reserva, a prefeitura tem hoje 239 ônibus com a vida
útil vencida; até o fim do ano serão 305, caso a frota não seja renovada. Como
o contrato prevê a existência de uma frota reserva, as empresas concessionárias
afirmam que a maioria dos veículos com a vida útil vencida só são colocados
para rodar no caso de alguma eventualidade com os ônibus “titulares”. Dos 424
ônibus vencidos, cerca de 130 circulam regularmente.
O ponto de vista das empresas
O que tem impedido a renovação da frota desde 2013 é uma
decisão da Justiça em caráter liminar que desobriga as empresas da compra de
novos ônibus. A decisão judicial atendeu a um pedido das empresas, que alegam
um desequilíbrio econômico-financeiro dos contratos de concessão.
Segundo informações do sindicato das empresas que operam o
transporte coletivo (Setransp), esse desequilíbrio é fruto de uma série de
“desmandos” nas gestões anteriores da Urbs e também da forte queda de
passageiros no período.
“Diante desse quadro, as empresas buscaram a Justiça, pois
estavam sendo prejudicadas e acabaram sem fôlego para realizar a renovação de
frota, embora fosse do interesse delas fazer esse tipo de investimento”, diz a
nota enviada pelo Setransp.
Ainda segundo o Setransp, com a mudança na gestão da
prefeitura, em 2017, as conversas para a renovação de frota foram retomadas e
estão avançando. “No entanto, como a renovação terá como contrapartida um
impacto na tarifa técnica, os detalhes têm de ser estudados a fundo para que
não volte a ocorrer um desequilíbrio econômico-financeiro no futuro, e isso
acaba levando um certo tempo”.
O que diz a prefeitura
Segundo o presidente da Urbs, José Antonio Andreguetto, dois
problemas impediam, a princípio, a renovação da frota: a falta de dinheiro e a
judicialização da questão. “No quesito dinheiro, com o reajuste, nós
equalizamos o Fundo [de Urbanização de Curitiba, FUC] e temos condições,
tranquilamente, de fazer a reposição da frota, naquele número que estava
vencido na época, de 270”, garante.
De acordo com Andreguetto, a prefeitura está buscando um
entendimento com as empresas para que haja a retirada do pedido judicial que
gerou a liminar que desobriga as concessionárias de fazerem novas compras de
veículos. Ele diz esperar que a situação seja resolvida em breve, mas não dá
prazo para isso. “Se eu disser para você uma data, um prazo para isso, estaria
mentindo”, diz.
O presidente da Urbs garante, entretanto, que o dinheiro
para a renovação está garantido. Isso porque ao cobrar uma tarifa de R$ 4,25 e
repassar às empresas R$ 3,98, a prefeitura está fazendo uma poupança que será
usada exclusivamente para remunerar o investimento das empresas com a compra de
270 ônibus para substituir os veículos vencidos e comprar mais 24 biarticulados
para operarem no Ligeirão Norte/Sul.
Ao contrário do que dizem as empresas, Andreguetto afasta a
possibilidade de a renovação trazer consequências negativas às finanças do
sistema. “Não tem risco de acontecer desequilíbrio financeiro, em hipótese
alguma”, afirmou.
>> Em pedido da APDAPD.Associação de Proteção e Defesa da
Acessibilidade da Pessoa com Deficiência - ♿ - E-mail: apdapdcuritiba@gmail.com - Contato - (41)
9.9934-6440 / 9.9159-1599 - https://apdapd-curitiba.blogspot.com.br/
Data da Solicitação 05/07/2017 19:26
Serviço ÔNIBUS
Descrição
ESTAMOS CONTANDO COM
BEM MAIS DE 6.700 PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MOTORA, CONFORME O CENSO DE 2010,
ISTO ESTA NOS CAUSANDO GRANDE TRANSTORNO NA QUESTÃO DE ACESSIBILIDADE DA CLASSE
EM CURITIBA. A LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015 EM SEU CAPÍTULO II E
ART.4º/5º/7º E 8º NOS DA A PRERROGATIVA DE USARMOS O PARÁGRAFO ÚNICO DESTE
CAPITULO. NO ENTANTO ESTAMOS PEDINDO A ESTA PREFEITURA COM DATA IMEDIATA QUE
NAS PRÓXIMAS AQUISIÇÕES DE VEÍCULOS, ÔNIBUS DO TRANSPORTE PUBLICO COLETIVO,
SEJA OBRIGATÓRIO A AQUISIÇÃO DESTES, COM DOIS BOX PARA CADEIRANTE E DEFICIENTES
VISUAIS COM CÃO GUIA. OS DEFICIENTES ESTÃO DEIXANDO DE SEGUIR VIAGEM PELO
MOTIVO DO BOX JÁ ESTA R SENDO USADO POR OUTRO, TENDO ESTE QUE AGUARDAR ATÉ
SEGUNDO OU TERCEIRO VEICULO. (NA NORMA ABNT NBR 14022 FOI DEFINIDO O REQUISITO
MÍNIMO, CABENDO AO PODER CONCEDENTE DE TRANSPORTE LOCAL AVALIAR AS QUESTÕES
RELATIVAS À DEMANDA E OPERAÇÃO.)
_ RESPOSTA DA URBS
PREFEITURA
Órgão Responsável
URBANIZAÇÃO DE CURITIBA
Data da Resposta 06/07/2017 12:07
Resposta Final Agradecemos a sua manifestação sobre aumento de lugar e
informamos que as características de acessibilidade dos ônibus são definidas
pela norma ABNT NBR 14022. Em relação ao espaço para cadeirante, esclarecemos
que a referida norma especifica a aplicação de pelo menos uma área reservada, o
que está sendo devidamente atendido pela frota de Curitiba que, para a
definição do leiaute interno dos veículos, também leva em consideração a
acomodação confortável e segura dos demais passageiros. Outrossim, salientamos
que a URBS, através de avaliações de demanda e visando melhor satisfação de
todos os usuários, adotará a implantação de dois espaços reservados para os
novos veículos a serem incorporados no sistema de transporte coletivo de
Curitiba. Informamos também que atualmente o sistema de transporte já
disponibiliza dois ou mais espaços por ônibus para a operação em linhas que
tiveram sua necessidade comprovada em pesquisas anteriores, que são os casos
das linhas Inter-Hospitais e Menonitas e do Sistema Sites.